terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vivendo e aprendendo, é?

Quando eu era menor sempre quis ser mais velha
achava o máximo a independência, a liberdade, a determinação
o andar de um adulto, toda aquela vida já tão dominada por ele me fascinava,
Quando criança, eu me sentia dependente, nunca gostei disso, sempre quis mais, sempre quis traçar sozinha o que fazer com a minha vida, talvez isso explique para minha amada genitora a quantidade de vezes que eu fugia de perto dela só pra mostrar que já era grandinha o bastante para saber voltar, pena que no fundo, eu nunca sabia como.
Passei a adolescência buscando saber discutir, aprender experiências, viver tudo que eu achava necessário, fui perdendo minha inocência de mundo, pra mim, esse seria o ápice da minha vida, possuir a certeza. quem escreveu ou disse que ter certeza é bom?
atualmente ate bem pouco tempo atrás eu pensava realmente que eu já era alguém madura, uma mulher, que havia vivido de tudo, que possuía opinião de tudo, cujo papel era somente ir vivendo, ensinando e aplicando tudo que eu havia aprendido com meus erros ( e erros alheios).
Esse é o maior problema, a opinião, eu sempre me achei adulta e bem formada mentalmente, por defender arduamente várias posições, por assumir vertentes e provar sempre as minhas idéias nas mais diversas áreas : política, saúde, Direito, enfim, tudo, a teimosia é minha arte.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas (Joseph Climber hein..) e me vejo agora uma criança sem opinião, sem chão, amortalhada pelas coisas que podem acontecer tão perto da gente.
E logo todos sempre esperam que eu seja a forte, a decidida, colaborei demais para a formação desse estereótipo, mas sabe, no fundo sou uma menininha de 7 anos que quer colo e a ajuda da mãe, talvez nunca conseguiremos ser maduros o suficiente, talvez a vida não dê todas as respostas com o simples passar dos anos afinal o conhecimento não é proporcional ao número de velas no bolo do parabéns.
O engraçado é que sempre me meti em centros académicos, partidos políticos e defendi idéias que na teoria me pareciam certas, lógicas, coerentes, mas cada vez a vida vem e me trás novidades, casos concretos ao meu lado que procuram me provar que na verdade eu fui precipitada, tão precipitada em assumir lados. não existem lados. tudo faz parte do mesmo script da existência humana.
Todos possuímos essa mania de crescer, que coisa irritante, no blog do Carter ( the impulsive carter) li uma historia muito boa acerca da vida ao contrário, e lá eu questionei a ele se seria válida tal ocorrência. No mínimo seriamos crianças super chatas e maduras demais de olhos cansados, e velhos inconsequentes com descobertas limitadas pelo físico.
Talvez não devêssemos ter tanta certeza das nossas idéias, sermos tão inflexíveis com nossas opiniões, não são dogmas e a idéia de viver é aprender aos poucos, mantendo ou mudando concepções.
Tenhamos olhos de adultos, conhecimento de vida, muitos anos nas costas, contudo, sempre mantendo aquela curiosidade infantil, que move mundo, constroi realidades e nos faz ir muito além do que pensávamos que conseguiríamos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dizem que os melhores atores são as crianças,pois eles fazem de uma areia em um pratinho ser comida.

E realemente me sinto assim,como no post,quando era pequena queria crescer e hoje vejo como a infancia é valiosa.

Parabéns pelo post e dizer sobre as fases da vida é sempre ótimo para reviver a gente mesmo.

Grande beijo.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mari disse...

Li um pouco aqui um outro dia, mas não tive tempo de comentar. Hoje li um pouco mais, embora minha vontade fosse ler tudo. Interessantíssimo aqui. Mas estou correndo, como sempre. Adorei o último post. Beijo ;*

Descobrindo Blog disse...

Poxa dá até tristeza de escrever agora, ando tão sem criatividade..rs acho que miha criança está dormindo um pouco, vou acordá-la agora mesmo!